quinta-feira, 20 de junho de 2013

Dizem os sapientes em Eça que este autor faz um retrato muito azedo da mulher. E será que Eça deixa alguém na sociedade portuguesa retratado sem ser de uma forma azeda? Na verdade, Eça criou personagens femininas como: Genoveva da Tragédia da Rua das Flores, Luísa do Primo Basílio ou Maria Eduarda dos Maias onde faz uma crítica a defeitos e vícios morais reinantes na sociedade lusa como o incesto e o adultério feminino. Mas em contrapartida não deixa de satirizar personagens masculinas como os políticos dessa época com personagens como, o conde de Gouvarinho ou o conde de Abranhos etc.

Hoje inicio este blog para apresentar a minha visão cega sobre um dos maiores psicanalistas da sociedade portuguesa: Eça de Queirós. Com a sua pena retratou a sociedade da segunda metade do século XIX e principalmente do derradeiro quartel desse século. Todavia, as indagações que fez nesse contexto temporal e social continuam a ser atualíssimas nos nossos dias. A partir deste post, outros se seguirão para dar a conhecer a obra eciana, ou seja, a minha perspetiva eciana do ser-português. Eça teve três fases literárias, que se inseriram nas correntes literárias que sopravam da vanguarda europeia: Romantismo, Realismo-Naturalismo e Neorromantismo.